terça-feira, 30 de junho de 2009

O INÍCIO DA INVESTIGAÇÃO

Antes de começar uma investigação, é preciso traçar um objetivo para ela. E eu não tinha essa meta ainda muito clara. A polícia atestou o suicídio do rapaz, mas eu precisava confirmar isso. Porque sempre há a possibilidade deles terem errado. O primeiro passo, então, era ir ao local do acontecido. Marta me deu as chaves do apartamento do filho para que eu tivesse total liberdade de ação. E ela estava tão certa de que eu acharia alguma coisa suspeita, que pouco alterou o imóvel após a morte. Só limpou o sangue do banheiro. O resto continuava do mesmo jeito desde o fatídico dia. Também tive acesso às contas de luz e telefone, que ela mesma pagava.

Tentei conseguir informações mais pessoais sobre o garoto, mas acho que uma mãe que mora longe seria a pessoa menos indicada para fornecê-las. Mesmo assim, perguntei:
- Ele tinha namorada? Não.
- Usava drogas? Claro que não!
- Já tinha entrado em depressão? Não.
- Tomava remédios controlados? Não.
- Tinha inimigos? Provavelmente não.

Segundo ela, Paulo era um menino doce e simpático, muito estudioso e querido por todos. Mas eu teria que confirmar tudo isso. Peguei meu carro e fui até seu apartamento, na Asa Sul.

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